A crise da narração - Resenha do livro de Byung-Chul Han

Você vive em um escritório que parece um corpo sem ritmo cardíaco? Onde só se fala de números e metas, e os advogados executam tarefas técnicas que chegam aos clientes como "produtos jurídicos" frios, desprovidos de sentido maior? Seus clientes recebem dados, laudos, pareceres, mas sentem que ninguém conectou os pontos da história de negócio deles. Eles não queriam dados, queriam sentido.Essa é a "Crise da Narração" de Byung-Chul Han, uma fragmentação que destrói o sentido coletivo da existência. Não é um problema estético, é estrutural e existencial. Sua vida profissional, e a de seus clientes, está se tornando uma sequência de flashes e postagens, sufocada pela pressa por resultados que ignora o significativo.Escritórios que falham em contar histórias criam clientes descartáveis sem nem perceber. Reduzem o outro a um CNPJ, a dados ou demandas, e esquecem que por trás há um CPF com história, dores e sonhos. Nessa desnarrativização, as relações se tornam transacionais, frágeis e substituíveis. A abundância de informação gera saturação sem sentido.Mas há uma saída para não ser apenas mais um fornecedor de documentos que ninguém lembra amanhã. A narrativa não é um enfeite — é o que torna seu serviço memorável e indispensável. É a arte de construir significados compartilhados, de transformar complexidade em histórias claras e impactantes. É humanizar o cliente, os colegas, os sócios, saindo do vazio de sentido.Recuperar a narrativa é criar rituais, revisar entregas como histórias, praticar a escuta narrativa, e se tornar um parceiro de jornada, não apenas um fornecedor de informações.No fim, clientes não abandonam advogados por causa do preço, mas pela falta de conexão com a história que estão tentando construir. Dominar a arte de construir sentido nas interações jurídicas é a sua maior vantagem competitiva.Ou você narra a história, ou o concorrente narra.Veja aqui a resenha completa: https://advocobrasil.com.br/como-usar-narrativas-para-fidelizar-clientes-juridicos/

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