Balança comercial tem superavit de US$ 7,6 bilhões em julho

O resultado representa uma queda de 6,6% em relação ao mesmo mês em 2023, quando o saldo positivo foi de US$ 8,2 bilhões. Esse é o 3º maior saldo para o mês desde o início da série histórica em 1989, e só perde para os anos de 2020 e 2023. As exportações foram de US$ 30,9 bilhões em julho de 2024, uma alta de 9,3% em relação a 2023 (US$ 29,6 bilhões) e representa um recorde da série histórica. As importações totalizaram US$ 23,3 bilhões, o que representa um crescimento de 15,7% em relação a 2023 (US$ 20,1 bilhões). A corrente de comércio teve crescimento de 11,9%. O aumento das exportações veio do volume dos itens exportados, enquanto o preço apresentou queda. As importações cresceram em volume significativamente (23,5%), mesmo com queda dos preços dos itens importados, mostrando contração dos preços internacionais de bens exportados e importados, talvez ainda um reflexo da desaceleração econômica global. A indústria extrativa foi o setor com maior crescimento em maio, 11,5% em valor. A indústria de transformação avançou 8,9% no valor exportado. A agropecuária, por sua vez, apresentou elevação de 8,3% devido ao forte aumento do volume exportado (15,7%) mesmo com queda dos preços internacionais das commodities de 7,6%. A exportação de óleos brutos de petróleo teve uma queda de 0,7% em valor, sendo o segundo item mais importante nas exportações, com 11,7%, atrás da soja, que deteve 16,1%, com crescimento de 5,3% em valor. O minério de ferro teve um crescimento de 21,1% em valor, sendo o terceiro item mais exportado, respondendo por 9,4% das exportações totais. A China expandiu a liderança como principal destino das exportações totais brasileiras, com 33,2% do total, com expansão do valor de US$ 8,82 bilhões em 2023 para US$ 10,26 bilhões em 2024. EUA e União Europeia apresentaram aumentos de 15,3% e 20,0%, respectivamente. A Argentina apresentou forte queda de 27,8%. O resultado de julho aponta para um forte e contínuo crescimento do setor exportador de minério de ferro, com aumento no volume, o que tem ajudado nos valores exportados. A queda nos preços da maioria das commodities reflete muito a situação de desaceleração econômica global. Essa forte concentração na China como destino continua a se intensificar e representar um risco importante.

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