IBC-Br contraria expectativas e vem positivo

A economia brasileira apresentou um crescimento de 0,23% em agosto de 2024, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que antecipa a tendência do PIB. Esse desempenho ficou acima das expectativas do mercado, que projetava queda. No acumulado do ano, o IBC-Br registrou expansão de 2,9%, enquanto o crescimento acumulado nos últimos 12 meses foi de 2,5%. Em relação a agosto de 2023, a alta foi de 3,1%. No segundo trimestre de 2024, os dados oficiais do PIB divulgados pelo IBGE apontam para um crescimento de 1,4% em comparação com o trimestre anterior. O mês de agosto veio com indicadores negativos divulgados pelo próprio IBGE, como queda das vendas do Varejo, de 0,3%, e do setor de Serviços, de 0,4%, e um pequeno crescimento da indústria, de 0,1%. Por isso o IBC-Br surpreendeu. O IBC-Br continua sendo uma ferramenta relevante para o acompanhamento da dinâmica econômica até a divulgação do PIB oficial do terceiro trimestre, trazendo dados mensais da atividade econômica brasileira. O índice incorpora variáveis da indústria, comércio, serviços, agropecuária e o volume de arrecadação tributária, sendo importante para as decisões do Comitê de Política Monetária do Banco Central. Esses resultados ajudam o COPOM no ajuste da política monetária, especialmente em relação à Selic. A evolução da atividade econômica, combinada com outros indicadores, como o mercado de trabalho e a inflação, são fundamentais para a determinação da Selic, considerando o compromisso do Banco Central em controlar a inflação sem comprometer o crescimento econômico.

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