Após recorde em outubro, setor de serviços tem forte recuo em novembro

O setor de registrou uma retração de 0,9% em novembro em relação a outubro, trazendo indicação de desaceleração no último trimestre do ano. Apesar da queda, o setor ainda se encontra 16,9% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e apenas 0,9% abaixo do pico histórico alcançado no mês anterior. Na comparação com novembro de 2023, o volume de serviços cresceu 2,9%, marcando o oitavo resultado positivo consecutivo nessa base de comparação. No acumulado de janeiro a novembro, o setor avançou 3,2% frente ao mesmo período de 2023, enquanto o acumulado em 12 meses subiu 2,9%. O setor representa mais de 70% do PIB brasileiro e sua desaceleração em novembro indica impacto importante no PIB do 4º trimestre. O desempenho do mês foi impactado negativamente por dois dos cinco setores: transportes (-2,7%); e, serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%). Essas perdas devolveram parte dos ganhos acumulados nos dois meses anteriores, de 5,3% e 3,5%, respectivamente. Por outro lado, os setores de informação e comunicação (1,0%); outros serviços (1,8%); e, serviços prestados às famílias (1,7%) apresentaram alta, com recuperação de perdas anteriores. Regionalmente, 18 das 27 unidades da federação apresentaram retração no volume de serviços em novembro. Os principais destaques negativos foram Pernambuco (-3,7%), Paraná (-2,9%) e Paraíba (-2,9%). Por outro lado, Amapá (5,8%), Rondônia (5,2%) e Alagoas (4,2%) tiveram os desempenhos mais positivos na passagem mensal. Na comparação com novembro de 2023, 22 estados mostraram crescimento. Amapá (19,2%), Piauí (18,1%) e Amazonas (15,1%) lideraram os avanços, enquanto as maiores retrações foram observadas no Mato Grosso (-11,9%), Mato Grosso do Sul (-7,3%) e Rio Grande do Sul (-6,6%). O desempenho do setor de serviços em novembro deve exercer impacto relevante sobre o PIB no último trimestre do ano. O forte recuo de novembro traz preocupações para o desempenho da economia brasileira devido à sua relevância para a economia. A retração no mês deve influenciar o resultado do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) que será divulgado essa semana.

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