Com mercado de trabalho aquecido, Caged acelera empregos formais e taxa de desemprego cai em abril

Segundo dados do Caged, o país registrou a criação de 257,5 mil empregos com carteira assinada, o maior saldo para o mês desde o início da nova série histórica, em 2020. Esse resultado representa um crescimento de 7,4% em relação a abril de 2024, quando foram criados 239,9 mil postos. Com esse avanço, o total de trabalhadores com vínculo formal no Brasil alcançou 48,1 milhões de pessoas, considerando os setores público e privado. Esse número representa uma alta de 3,5% em relação ao estoque de abril do ano anterior. Todos os cinco grandes setores da economia contribuíram positivamente para esse desempenho. O setor de serviços foi o principal destaque, com a criação de 504,6 mil vagas formais nos últimos 12 meses, um crescimento de 2,2%. Em seguida, vêm a indústria (190,5 mil postos, alta de 2,1%), a construção civil (135,2 mil, aumento de 4,73%), a agropecuária (55,5 mil, alta de 3,1%) e o comércio (36,5 mil, crescimento de 0,4%). No recorte geográfico, todas as 27 unidades da federação apresentaram saldo positivo na criação de empregos em abril. São Paulo liderou com 72.238 novas vagas, seguido por Minas Gerais (29.083) e Rio de Janeiro (20.031). Mesmo os estados com desempenho mais modesto, como Acre (760), Roraima (669) e Alagoas (414), apresentaram crescimento em relação ao mesmo período de 2024. Além dos dados do Caged, a taxa de desemprego divulgada pelo IBGE ficou em 6,6%, caindo em relação ao trimestre encerrado em março (7,0%) e registrando queda de 1 ponto percentual em comparação com o mesmo período de 2024, quando era de 7,6%. Isso representa uma redução de 941 mil pessoas no contingente de desocupados em um ano, totalizando atualmente cerca de 7,3 milhões de pessoas em busca de trabalho. Um dado que merece destaque é o número recorde de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,6 milhões de pessoas. Esse contingente representa um aumento de 3,8% na comparação com o mesmo período de 2024, reforçando a tendência de formalização do mercado de trabalho. A taxa de informalidade também apresentou melhora. No trimestre encerrado em abril, 37,9% da população ocupada estava em situação informal, o equivalente a 39,2 milhões de pessoas. Esse percentual foi inferior ao mesmo trimestre do ano passado (38,7%). Apesar da Selic em 14,75% com o objetivo de conter a inflação, reduzindo a atividade econômica, o mercado de trabalho segue pressionado. O mercado de trabalho bastante aquecido pode gerar mais pressão inflacionária, o que representa um sinal negativo para o término do ciclo de aperto de juros.

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