COPOM e FOMC mantêm taxas de juros inalteradas

O COPOM manteve a taxa de juros inalterada em 10,50% ao ano, enquanto nos EUA a taxa foi mantida em 5,25% a 5,50%, mas com indicação de 1ª queda para setembro, inclusive com sinalizações nesse sentido por parte de Jerome Powell, Presidente do Fed. Nos EUA, o presidente do Fed, Jermoe Powell, anunciou que poderão começar a reduzir um pouco o nível de restrição dos juros, e com um corte já em setembro, resultado da economia menos aquecida e inflação caindo. A primeira queda dos juros deve acontecer em setembro desse ano, com 100% de aposta do mercado. Os dados de inflação e geração de empregos da economia americana fizeram com que o FOMC trocasse a avaliação sobre o progresso na inflação de "modesto" para "algum progresso”. E quanto à geração de empregos, de “seguindo forte” para “moderado”. No Brasil, a manutenção veio dentro do esperado pelo mercado. A decisão foi unânime, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, principalmente do mercado de trabalho, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam acompanhamento diligente e ainda maior cautela. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se: (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se: (i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e (ii) os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

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