Déficit de transações correntes do país aumenta 44% em um ano

O resultado das transações correntes do Brasil com o resto do mundo mudou de um déficit de US$ 3,6 bilhões em julho de 2023 para US$ 5,2 bilhões em 2024. O resultado veio de queda no saldo comercial e aumento do pagamento de juros, principalmente. Investimento Estrangeiro Direto, por sua vez, aumentou. Na comparação interanual, o saldo comercial recuou em US$ 516 milhões. O superávit da balança comercial de bens atingiu US$ 7,1 bilhões em julho de 2024, ante superávit de US$ 7,6 bilhões em julho de 2023. As exportações de bens totalizaram US$ 31,2 bilhões e as importações, US$ 24,1 bilhões, correspondendo a aumentos de 9,3% e 15,2%, respectivamente. O déficit total na conta de serviços somou US$ 4,8 bilhões em julho de 2024, ante US$ 3,2 bilhões em julho de 2023, crescimento de 50,3%. O aumento do déficit em serviços veio principalmente de transportes e aluguéis, enquanto viagens teve queda. O déficit em renda primária (lucros, dividendos e juros) caiu, de US$ 8,2 bilhões em julho de 2023 para US$ 7,8 bilhões em 2024. Os investimentos diretos no país (IDP) registraram ingressos líquidos de US$ 7,3 bilhões em julho de 2024, ante US$ 7,1 bilhões em 2023. A participação no capital foi de US$ 6,4 bilhões. O IDP acumulado em 12 meses atingiu US$ 71,8 bilhões (3,23% do PIB) em julho de 2024, ante US$ 71,6 bilhões (3,21% do PIB) em junho e US$ 66,9 bilhões (3,24% do PIB) em relação a julho de 2023. O Brasil vem apresentando, de toda forma, uma relação mais estável nas transações com o resto do mundo. Apesar de um saldo sempre negativo nas Transações Correntes, pois paga muitos juros, lucros e dividendos, a Balança Comercial e o Investimento Estrangeiro Direto sempre positivos mantêm as Reservas Internacionais em um patamar bastante confortável, atingindo US$ 363,3 bilhões em julho de 2024.

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