Dívida Pública sobe 6,9 pontos percentuais no atual governo até agosto

O déficit nominal caiu para R$ 1,111 trilhão, queda de 1,4% em relação a julho, mas não impediu que a dívida aumentasse. O resultado primário do setor público consolidado, que inclui união, estados, municípios e as empresas estatais, foi de R$ 21,4 bilhões de déficit em agosto, uma queda em relação ao déficit de R$ 22,8 bilhões em agosto do ano passado, mas não foi suficiente para evitar o aumento da dívida pública para 78,6% do PIB, 0,2 p.p. em um único mês. O governo central teve déficit de R$ 22,3 bilhões e as empresas estatais e governos regionais apresentaram superávits respectivos de R$ 435 milhões e R$ 469 milhões. No acumulado de 12 meses, o déficit primário agora é de R$ 256,3 bilhões, uma melhora de R$ 1,4 bilhão em relação ao mês de julho, e que equivale a 2,26% do PIB, mas ainda muito distante da meta de déficit zero do Arcabouço Fiscal para 2024. Somando o pagamento de juros, chega-se no déficit nominal, que agora é de R$ 1,111 trilhão, que representa 9,81% do PIB e está acima do valor do período da pandemia, mas abaixo do recorde de julho. O déficit nominal foi de R$ 1,127 trilhão (10,01% do PIB) no acumulado até julho de 2024. Com esse resultado, a dívida em relação ao PIB chegou ao patamar de 78,6%, ou R$ 8,9 trilhões em agosto de 2024. A dívida aumentou 4,1 p.p. somente em 2024 e 6,9 p.p. desde o início do Governo Lula. Em um mês, o aumento foi de 0,2 p.p. Nesse ritmo, é muito provável que a relação dívida/PIB continue crescendo, se encerre esse ano bem acima dos 80% e, até 2032, a expectativa do mercado é que chegue em 92% do PIB.

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