Federal Reserve anunciou um corte de 0,25 ponto percentual em sua taxa básica de juros, ajustando o intervalo para 4,50% a 4,75% ao ano

Essa é a segunda redução desde março de 2020. O primeiro corte foi em setembro, de 0,5 ponto percentual, depois de um longo período de manutenção de juros no patamar de 5,5% ao ano para controlar a inflação. A decisão, unânime, ocorreu um dia após a eleição presidencial que reconduziu Donald Trump à Casa Branca. Embora o presidente do Fed, Jerome Powell, tenha sinalizado novos cortes de juros para 2025, as propostas econômicas de Trump, como aumento de tarifas sobre importações e cortes de impostos, podem pressionar a inflação, potencialmente alterando a trajetória de afrouxamento monetário planejada. Além das implicações inflacionárias, a manutenção de Jerome Powell à frente do Federal Reserve volta ao centro do debate. Durante seu primeiro mandato, Trump nomeou Powell, mas frequentemente criticou suas decisões de aumentar os juros para combater a inflação. Agora, com o mandato de Powell expirando em maio de 2026, Trump já declarou que pretende indicar um novo líder para o Fed, aumentando as expectativas de mudanças na condução da política monetária. O comunicado do Fed veio indicando que: ao considerar ajustes nos juros, avaliarão cuidadosamente dados, cenário e risco; a inflação progrediu rumo à meta, mas continua elevada; indicadores sugerem que a atividade se expandiu em ritmo sólido; os riscos de inflação estão aproximadamente no equilíbrio, mas a perspectiva econômica é incerta; e, que seguirão fortemente comprometidos a apoiar o máximo emprego e levar inflação à meta. Enquanto isso, o Brasil segue na direção oposta. Nesta mesma semana, o Banco Central elevou a taxa Selic para 11,25% ao ano. O contraste reflete as diferentes condições econômicas e desafios enfrentados pelos dois países, ressaltando o processo inflacionário sob controle em um país e ameaçado de perder o controle no outro.

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