RCN é escolhido como Melhor Banqueiro Central da América Latina e Caribe pela 3ª vez seguida, reconhecimento inédito

O atual presidente do Banco Central foi premiado pela revista LatinFinance como The best central banker of the year, prêmio de presidente do ano de bancos centrais da América Latina e Caribe pelo terceiro ano consecutivo. A LatinFinance reconheceu que, durante sua gestão, RCN buscou reduzir a inflação sem comprometer o crescimento econômico, o que foi visto como uma conquista importante, principalmente em um contexto de desafios econômicos globais. Além disso, a gestão de RCN se destacou pela agenda tecnológica. Sob sua gestão, o BC adotou medidas de inovação no sistema financeiro, como o PIX, o avanço do sistema do Open Finance, que facilita o compartilhamento de dados financeiros dos clientes, e pela criação do Drex, a moeda digital brasileira. Essas inovações trouxeram mais agilidade e inclusão para o sistema financeiro do país, ajudando a modernizar a relação dos brasileiros com o dinheiro. RCN defende, em seus últimos messes de mandato, que o Banco Central precisa ter independência financeira para poder ser totalmente independente. Este tema relevante está em discussão no Congresso, através da PEC 65, que busca aumentar a autonomia do Banco Central e garantir independência financeira para a instituição. Apesar dos prêmios recebidos por Roberto Campos Neto, fruto dos resultados obtidos em sua gestão, seu mandato à frente do Banco Central enfrentou críticas frequentes do presidente Lula e de membros de seu governo. RCN deixará o cargo ao fim de seu mandato, em dezembro de 2024, abrindo espaço para Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, indicado por Lula, que assumirá a presidência em janeiro de 2025. Uma questão que agora permeia o mercado é: como será a política monetária sob a liderança de Galípolo? Essa possível mudança é acompanhada com atenção pelo mercado, com ressalvas mediante a carreira heterodoxa que Galípolo traçou ao longo dos anos, com diversas publicações e declarações contrárias ao tipo de gestão da política monetária adotada hoje pelo atual presidente do Banco Central. O seu posicionamento mudou, porém, desde que assumiu a diretoria do Banco Central, alinhando o discurso com o da atual gestão. O mercado aguarda de perto para ver como Galípolo vai equilibrar a meta de inflação com a necessidade de promover crescimento econômico. Mais ainda: será que ele conseguirá resistir a pressões políticas, do Presidente Lula e de membros do governo, em momentos importantes que podem vir à frente, como de manutenção da Selic em patamar elevado, caso a inflação não ceda, mesmo com crescimento mais baixo, por exemplo.

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