Lamartine Pozzella

Aliás, eles não tinham um batismo só, eles tinham várias. No próprio templo, antes de você entrar pelo templo, você tinha as mikvot, que eram as piscinas de purificação. O camarada, antes de entrar no templo, ele tomava um banho. Então, o batismo de João Batista era um batismo de purificação. Agora, o batismo que Cristo instituiu,

É o batismo tanto do fogo, que é o batismo do Espírito Santo, que é ele quem envia o Espírito Santo, como também o batismo que se identifica com a morte dele. Quando você desce, você está morrendo para o velho homem e quando você sobe das águas, você está nascendo de novo. Então o batismo cristão hoje, o batismo instituído por Cristo, fala de morrer para o velho homem e de renascer.

na nova criatura, depois de você ter entendido quem é Jesus, o Salvador da tua vida. Agora, quando Jesus começa a chamar os apóstolos, é porque ele sabe que o tempo que ele teria ali no seu ministério era de três anos.

E eles tinham que estar preparados para que quando ele fosse embora, eles dessem continuidade à sua mensagem de salvação. E, de fato, os apóstolos impactaram o mundo e o mundo foi transformado pela mensagem deles, ungidos, empoderados pelo Espírito Santo. Mas de todos os doze...

três eram os mais próximos. Aí se pergunta por quê? Isso não existe na Bíblia, nada que diga a razão disso, mas fica evidente. Só supor, né? Por exemplo, tem alguns lugares que Jesus só levou os três. Na transfiguração, por exemplo, estava todo mundo lá no Monte Hermon, né?

Eu acredito que tenha sido lá, outros acreditam que foi no Monte Tabor, mas estava todo mundo lá. Mas quando teve que ir para o lugar mais alto, ele chamou Pedro, Tiago e João, que eram os mais próximos. E dos três, João era o mais chegado. Tanto é que na ceia, na última ceia, quando Jesus falou, alguém vai me trair?

É ali o Espírito Santo descendo sobre ele, né? Quando Jesus falou, alguém vai me trair? Todo mundo, quem é, quem é? Pedro olhou para João e falou assim, pergunta para ele. Você quer chegar, né? E João, quando ele fala de si mesmo, ele fala o discípulo a quem Jesus amava.

Fala isso várias vezes. Ele se achava, mas ele era também muito próximo de Jesus. E ele teve um benefício de ser o único que não fugiu na cruz pelo fato de que foi o único que morreu de velhice. Todos os outros morreram de martírio mesmo. Então, João, os quatro evangelhos... Muita gente fala, para que quatro evangelhos?

Na verdade, assim, o Evangelho de Mateus, Mateus era um judeu mesmo, ele era um escriba, ele trabalhava na coletoria, era um cara de números, um cara de letras. Ele escreveu para mostrar que Jesus era o rei, o Messias esperado. Então, é o Evangelho que mais cita as profecias. O Evangelho de Marcos foi escrito por João Marcos, um jovem, que...

recebeu a revelação por conta do relato de Pedro. Então, Marcos escreveu o que Pedro contou para ele. Ele não teve contato com Jesus, não foi discípulo de Jesus, mas Pedro contou para ele. E foi escrito para os romanos. Lucas, o médico, o doutor, que escreveu também um livro de atos, escreveu para os gregos. E a ênfase dele é mostrar como Jesus, o homem perfeito,

E João apresenta o fato de que Jesus é o filho de Deus. Então é aquele que apresenta mais a Jesus como Deus. João fala da divindade. Lucas da humanidade. Marcos do milagreiro, daquele poderoso. Porque o romano não queria saber de narrativa. Ele queria saber quão poderoso ele era. E tem um detalhe no evangelho de Marcos que é extraordinário.

Jesus fazia uma cura e ele fala, imediatamente ficou bom, imediatamente passou a ver, imediatamente andou, para mostrar que Jesus não tinha que fazer força para realizar os milagres, então mostrando o poder de Jesus e apresenta Jesus como servo.

E o último evangelho? E Mateus, então, é Jesus como rei, Marcos, Jesus como servo poderoso, Lucas como o homem perfeito e João como filho de Deus. E aí você completa, então, toda... E aí no evangelho de João, é o evangelho mais lindo, porque ele é o único que tem esses discursos em que Jesus traz algumas revelações de quem ele é,

dando o nome para si mesmo. E o interessante, porque essas sete declarações é eu sou. Isso é tão extraordinário, no grego é ego em mim, mas obviamente que Jesus não estava falando em grego, Jesus estava falando em aramaico e muitas vezes falou em hebraico, principalmente para os sacerdotes e tal.

Essa expressão, eu sou, ele tirou lá de Êxodos capítulo 3, quando Moisés estava lá no monte, e ele viu aquele arbusto que pegava fogo e não queimava, e ele falou...

Quando Deus manda ele ir para o Egito para libertar o povo, ele vai dizer, mas eles vão perguntar, quem é que te mandou? E aí Deus fala, eu sou te mandou. Yahweh, que é um nome que a gente não sabe exatamente o som porque é impronunciável, mas é um nome que é...

escrito em quatro letras hebraicas, Yud-Hei-Vav-Hei, o nome de Deus. Então, quando Jesus dizia, eu sou, ele estava fazendo uma alusão a isso. E por isso que os judeus, que sabiam disso, ficavam tão irritados, indignados, porque ele estava se apresentando como se fosse o próprio Deus. Podemos entrar aí nas declarações? Vamos lá.

Bom, a primeira declaração, Jesus diz, eu sou o pão da vida. Está lá em João, capítulo 6, versículo 35, que diz assim, declarou-lhes, pois, Jesus, eu sou o pão da vida. O que vem a mim jamais terá fome e o que crê em mim jamais terá sede.

Bom, em que contexto Jesus fez isso? Jesus, você conhece, ele multiplicou pães e peixes, ele fez duas grandes multiplicações e alimentou o povo. Então, espalhou, né? O povo que estava com fome falava, tem um homem ali que ele multiplica pão. E certa vez, a multidão veio atrás dele só pensando na comida.

E aí Jesus falou, ó, vocês estão me procurando não porque vocês querem ouvir o que eu tenho para dizer. Vocês estão me procurando porque vocês querem que eu dê comida para vocês. E aí eles ficaram bravos com ele. Começaram, ah, mas que sinal você tem para nos dar que você é o Messias, né? E aí Jesus, ele entrou nessa... E eles disseram, inclusive, olha, o nosso Pai do céu, ele mandou o pão do céu, que era o maná, né?