Mauro Cezar

E outros jogadores, né? O Vinha não joga, não está bem e não joga. O Gabriel estava mal, mas ficava no time. Era evidente que ele acreditava no Gabriel e tinha uma relação próxima dos dois. Ok, deu certo. Então, Palmas, Felipe Luiz e tal, fez os gols e tal. Jogo de ida. Jogo de volta. Lá em Belo Horizonte. Ele estava muito mal. Ele sai. O que acontece no vestiário? O mal está no vestiário.

Porque ele não tem a capacidade de pensar, cara, eu não estou jogando bem. Já fui herói lá no Rio. Se o time ganhar o título aqui, eu sou herói do título. Eu fiz os gols decisivos no Rio. Não. Teve forró bodó lá no vestiário.

Até meio que ficou mal a situação dele com o treinador. O Flamengo ganhou a competição. Aí ele sai e fala, estou indo embora, vou para o Cruzeiro. Dentro do campo, o time acabou de ser campeão. O cara traz para si as atenções. Em 2023, o Flamengo perde um jogo decisivo, o primeiro jogo para o São Paulo. Ele não joga nada. Um erro do São Paulo inteiro no escalado naquele jogo, um erro crasso.

Ele sai vaiado por parte da torcida, quando ele passa ali, ele é vaiado. O que ele faz? Vai lá na coletiva e manda beijinho para o Dorival Júnior. Aí aqui no Morumbi, no jogo de volta, o Flamengo perdeu a final, porque foi empate, perdeu o título. Ele dá entrevista ali na zona mista e fala, não, o Dorival gosta muito dele e tal. Dei beijo, como quem diz. Falia de novo. Então, assim, nada importa. A torcida não importa, o clube não importa, a camisa não importa, não importa nada. É o que eu penso e acabou.

O resultado disso está aí ontem. É um castigo por uma conduta muito individualista e de uma ausência total de autocrítica. Isso eu acho que explica essa decadência terrível de um jogador que agora... Ah, não, ele só fazia um jogo. Não, não, não. Em 2020 ele jogou para caramba. Em 2021 ele jogou muito contra o Flamengo e ganhou o brasileiro. Ele foi o melhor jogador com o Rogério Senna.

Ele assistiu vários jogos, não só de fazer o gol, não, de criar jogadas, de se movimentar, inversões. O Donival jogando com o Pedro, ele jogou muito bem. Ele teve ótimos momentos, mas nos três últimos anos ele se adaptou de tal forma, os bancos de reserva são muito confortáveis, né? Aquelas poltronas. Ele se adaptou de tal forma que ele ficou ali e agora olha onde ele fica.

E o detalhe, esses dias que antecederam a partida decisiva de ontem, o que que tinha vira e mexe? De onde que vem isso? É gente cercando, que isso pode ser amigo do jogador, assessor, sei lá quem, empresário. Não, porque o Gabriel, ontem eu vi um vídeo num site aí, o rapaz falou uns três minutos sobre o Gabriel, nenhuma notícia. Só disse que talvez ele não fique, que ele quer minutos. Gente, quer minuto, joga, cara. Quer minuto perdendo o pênalti decisivo?

Então, assim, o que acontece com ele não é casual. E é lamentável, porque ele é um ótimo, foi pelo menos um ótimo jogador, que está jogando no lixo a carreira dele por uma conduta muito individualista, sem autocrítica alguma. Parece realmente inspirado no Neymar. É igual ao Neymar. E o pior é que eles podem se juntar agora, não é? É, o Santos é uma mãe nesse aspecto.

Imagina o Santos com todas as dificuldades financeiras, com dificuldade dentro de campo, vai ter o Gabigol e o Neymar. E ainda teve a camisa do Corinthians. E ontem, imediatamente após, a foto começou a se espalhar nas redes sociais. Eu já recebi umas três pessoas figurinhas dele com a camisa do WhatsApp. Rapidamente começou a aparecer figurinha. A foto é tão simbólica, parece interessante. Tem um copinho de cerveja na frente, tem o boné. Mas eu acho que o Neymar, ao menos... Primeiro que o Neymar foi muito mais jogador que o Gabigol, né? Primeira coisa. Mas eu acho que o comportamento é muito parecido. Ele se espelha no Neymar.

Estaria interessado em retornar para a Europa, fala um do Milan, né? Se ele estiver na Itália, pelo menos está perto, né? Está mais próximo ali de Londres. Ontem ele fez dois desarmes no Rayan, espetacular. Ele ainda é competitivo, né? É meio fenômeno isso aí. Ele e o Fábio, impressionante. Agora, ele voltar para o Milan da vida, vai ser tão estranho o Santillotti voltar para pensar nele?

Eu acho que uma coisa boa para esse jogo é que já teve a experiência de enfrentar times europeus, dois, na temporada. O Chelsea, que o Flamengo jogou muito bem, para mim foi a melhor atuação do ano, foi muito bem sucedido. E contra o Bayern, que cometeu muitos erros, que são as lições que podem ser úteis para esse jogo. Não pode repetir os erros cometidos contra a equipe alemã.

O PSG ganhou do Mets com um time cheio de reservas no fim de semana, a lanterna do Campeonato Francês. Depois desse jogo, ele tem só um jogo pela Copa da França contra o Fontenay, um time da quinta divisão. Ele pode botar até o sub-17 que ele vai ganhar, o Luiz Henrique. Ou seja, é o último jogo do ano.

Então vai jogar completo, vai jogar com o que tiver de melhor no momento. Claro que não vai jogar com todos os titulares, porque alguns jogadores são dúvida. Marquinhos, Bembele, o Hakimi está fora. Mas vai colocar um time forte em campo, certamente. Até porque, como a gente tem lembrado, o Qatar é o dono do PSG. Então não dá para chegar na casa do Emir, colocar um time mequetrefe em campo e perder para um time sul-americano. Seja ele qual for. Se fosse Flamengo, outro qualquer. Então eu imagino que vai ser um confronto difícil.

O Flamengo tem uma chance, claro, de tentar enfrentar a equipe do PSG, um jogo só, e tentar a vitória. Mas, de fato, joga sem aquela cobrança, porque a responsabilidade desse confronto sempre é a do europeu.

que é um time muito mais caro, um investimento muito maior e tudo mais. Mas, provavelmente, o Flamengo vai enfrentar o PSG com aquilo que tiver de melhor no momento. Não vai poupar jogador e tal. Até porque não faz sentido. Ele não tem motivos para isso e tem motivos políticos, eu diria, de sobra. Além de esportivos, é claro, para colocar um time forte em campo. E se puede, Juca? Opa! Se puede? Sim, se puede.

O principal é você ganhar as competições que estão ao alcance dos times sul-americanos. São as competições daqui. O Flamengo levantou oito taças com o Felipe Luiz. Oito. Tudo bem, ah, é um jogo só, Copa Charles. Levantou a taça. Levantou oito taças. Desde a Copa do Brasil do ano passado, que o Flamengo daí é o campeão, será até domingo, né? O detentor do título, até o título brasileiro. Passando por Libertadores, Carioca, Supercopa, Taça Guanabara, Derby das Américas, Copa Charles. Os caras estão botando lá, estão levantando taça.

Tem até um meme lá do Bruno Henrique, lá com os músculos assim, parece o Hulk. Então tem que levantar a taça, porque ganhou oito taças. Cara, o cara ganhou oito troféus. Todos praticamente. Ele só foi eliminado da Copa do Brasil desse ano nos pênaltis com o time misto para o Atlético Mineiro, ganhando o jogo de volta. E perdendo o Rio por conta, e a culpa dele também, da pataquada na saída de bola, exagerada, prepotente do time em alguns momentos. Que foi também o que gerou o gol do Fluminense na derrota recente. Aí foi atrapalhada do Rossi.

E o Fabinho acabou fazendo um gol assim, contra o Cruz Azul também, do pior, errou a saída de bola, o Arrascai até fez o gol. Isso é uma coisa que tem que melhorar, ter mais cuidado, não ir tão no limite. Mas, assim, o trabalho do Felipe Lins é um negócio absurdo, cara, é um negócio absurdo. Porque esse elenco não é muito diferente do elenco do Tite, do ano anterior. Tem chegadas e partidas.