Selic deve chegar a 15%

A ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central reforçou a expectativa de uma nova alta da Selic em maio, destacando a preocupação com a inflação e sua ancoragem. O Banco Central também demonstrou preocupação com os desdobramentos nos EUA, especialmente em relação à imposição de tarifas, que podem impactar as expectativas e a inflação. Segundo o comunicado, os diretores do Banco Central indicaram que um novo aumento da Selic deve ocorrer no próximo encontro de maio, mas de menor magnitude. Na última reunião, realizada na quarta-feira, a taxa foi elevada para 14,25% ao ano, com um aumento de um ponto percentual. O colegiado também destacou que, a partir de maio, o tamanho total do ciclo de alta dos juros será determinado pelo compromisso firme de convergência da inflação à meta, dependendo da evolução do cenário econômico. De acordo com a ata do Copom, além da próxima reunião, a magnitude total do aperto monetário será definida pela dinâmica da inflação, especialmente dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária. Outros fatores considerados incluem as projeções e expectativas de inflação, o hiato do produto (que representa a diferença entre o PIB e o PIB potencial) e o balanço de riscos. A sinalização do Copom sugere que a Selic subirá para 14,75% em maio, seguida de uma nova elevação para 15% em julho. O mercado estima um aumento de 0,50 ponto percentual em maio e 0,25 ponto percentual em junho, encerrando o ciclo de alta com juros a 15%. O objetivo é garantir que o IPCA retorne ao teto da meta, fixado em 4,5%, dentro do horizonte relevante da política monetária, que se estende até o terceiro trimestre de 2026. Para 2025, o Banco Central projeta que o IPCA encerre o ano em 5,1%, acima do teto da meta. As estimativas apontam para uma alta de 5,4% nos preços livres e de 4,3% nos preços administrados pelo governo, como os da energia elétrica.

There are no comments yet.

Please log in to write the first comment.